Por muito tempo, confundi produtividade com correria. Achava que fazer mil coisas por dia era sinal de sucesso. Mas, aos poucos, fui entendendo que existe uma forma mais leve — e até mais sábia — de realizar. Uma produtividade que respeita o tempo do corpo, da mente e da alma.
Hoje, compartilho com você 11 hábitos que, à primeira vista, podem parecer preguiçosos… mas que, na prática, me tornaram mais centrada, criativa e eficiente.
1. Lista curta é lista sagrada
Comecei a limitar minha lista de afazeres diários a, no máximo, três tarefas principais. Parece pouco? Pois é exatamente isso que traz foco. Quando escolho apenas o essencial, dou o meu melhor no que realmente importa — e deixo de me perder em urgências alheias.
Essa prática também reduz a ansiedade, porque deixa claro o que é prioridade. Em vez de correr atrás do tempo, eu passo a guiá-lo com mais intenção.
Reflexão: Se você só pudesse fazer três coisas hoje, quais fariam diferença real?
2. Mexa o corpo antes de exigir da mente
Aprendi a começar o dia me movimentando: uma caminhada leve, uma espreguiçada consciente, ou até alguns minutos lavando a louça. Ou seja, o corpo desperta e, com ele, o cérebro entra em ação.
Por consequência, essa pequena ativação física tem efeito direto na clareza mental e na disposição emocional. É como se eu dissesse ao meu sistema nervoso: “Pode vir, dia. Estou pronta.”
Estudos como este da Harvard Medical School mostram como o movimento físico estimula o cérebro
Experiência prática: Teste isso por uma semana e observe a diferença no seu foco matinal.
3. Uma coisa por vez — com prazer
Tentar fazer tudo ao mesmo tempo só me levava à exaustão. Quando decidi me dedicar a uma tarefa por vez, com presença e leveza, tudo mudou.
Descobri que até atividades que antes me entediavam — como organizar arquivos ou responder e-mails — podiam se tornar momentos meditativos. Bastava escolher estar ali por inteiro.
Dica metafísica: Quando estamos presentes, mesmo o “trivial” se torna sagrado.
4. Desapareça de vez em quando
Férias de verdade não são aquelas em que levamos o celular para o hotel e seguimos trabalhando no lobby. Por isso mesmo, desconectar-se por alguns dias, de forma real e sem culpa, me ajuda a renovar a criatividade e restaurar o entusiasmo.
Esses momentos de pausa profunda são como fertilizantes invisíveis: não se vê o efeito imediato, mas o solo interior floresce logo depois.
Convite: Planeje um sumiço estratégico. Nem que seja um fim de semana offline.
5. Você não precisa estar animada para começar
Durante muito tempo, esperei a motivação para agir. Hoje, sei que é a ação que costuma chamar a motivação para dançar.
Começar, mesmo sem vontade, é um dos atos mais amorosos que posso ter comigo. E quase sempre, depois de dez minutos fazendo, eu já me sinto diferente — mais conectada, mais confiante.
Esse princípio é reforçado por especialistas como Mel Robbins em seu O Poder dos 5 segundos.
Afirmação gentil: “Eu ajo com delicadeza, mesmo quando a energia parece tímida.”
6. Comece com algo que você ama
Antes de abrir o WhatsApp ou encarar as demandas externas, reservo 30 minutos para algo que me nutre: escrever, desenhar, ler algo inspirador ou tomar um café em silêncio.
Esse pequeno gesto me lembra que meu dia começa comigo — não com as expectativas do mundo. E isso muda tudo.
Exercício: Que pequena prática poderia abrir o seu dia de forma mais amorosa?
7. Quando travar, levante
A produtividade não acontece à força. Quando percebo que estou empacada, evito o impulso de continuar insistindo. Levanto. Respiro. Mudo de ambiente.
Muitas vezes, a inspiração volta enquanto estou dobrando roupa ou ouvindo uma música. O fluxo retorna justamente quando eu paro de brigar com ele.
Insight: O descanso também é parte da criação.
8. Corte o que te drena
Nem toda tarefa precisa passar pelas suas mãos. Aliás, muitas delas nem deveriam. Por isso, eliminar o excesso é um ato de amor próprio. Aprendi a dizer não ao que suga minha energia. Às vezes, isso significa delegar, às vezes, simplesmente desistir do que já não faz sentido.
Eliminar o excesso é um ato de amor próprio. E quando a energia deixa de ser desperdiçada, ela se concentra no que realmente tem valor.
Pergunta essencial: O que você continua fazendo só por hábito ou culpa?
9. Pausas curtas, mente desperta
Trabalhar por horas sem pausa me levava direto para o sofá, esgotada. Hoje, prefiro pausas curtas, regulares e conscientes. Um chá. Uma respiração profunda. Um olhar pela janela.
Essas pequenas pausas reenergizam. E me lembram que produtividade não precisa vir acompanhada de exaustão.
Experiência: Use um timer Pomodoro por um dia. Observe como seu foco responde.
10. Transforme o trabalho em brincadeira
A criança interior continua viva — e ela adora participar. Quando deixo o dia mais lúdico, tudo flui melhor.
Crio desafios, pequenas metas com recompensas, danço entre uma tarefa e outra. Dou leveza ao processo. Isso não diminui a seriedade do que faço. Apenas amplia o prazer de realizar.
Inspiração: Leveza não é futilidade. É estratégia inteligente de alma feliz.
11. Proteja seu tempo como um bem sagrado
Você não precisa estar sempre disponível. Aprendi a dizer “agora, não” sem culpa. A guardar minhas manhãs. A colocar o celular longe enquanto escrevo.
As tarefas mais importantes ganham prioridade não porque são urgentes, mas porque são parte da minha missão. E missão a gente honra — em silêncio, com reverência e foco.
Lembrete final: O mundo espera. Sua alma, não.
Em resumo…
Ser produtiva com leveza é possível. E começa com escolhas simples, conscientes, muitas vezes “preguiçosas” aos olhos do mundo — mas profundamente alinhadas com o seu bem-estar.
Se algum desses hábitos tocou você, escolha um para começar hoje. Só um. A leveza começa no passo mais suave.
